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As sonoridades experimentais de Oskar Sala no Labirintho de Espuma #82

Escrito por no dia 21/04/2020

Para a 82.ª emissão de Labirintho de Espuma, João Costa escolheu as sonoridades experimentais de Oskar Sala, o compositor alemão pioneiro da música electrónica. Nascido em Greiz, em 1910, licenciou-se em Física e Composição Musical, iniciando-se em piano e órgão, ainda durante a juventude.

Em 1929, mudou-se para Berlim com o intuito de aprofundar os seus estudos em piano e composição, com o compositor e violista Paul Hindemith. Por essa altura, também acompanha as experiências do Dr. Friedrich Trautwein, que lhe deu a conhecer a sua invenção, o Trautonium, o primeiro instrumento musical electrónico.

Sala ainda estuda Física na Universidade de Berlim, entre 1932 e 1935.

Fascinado pela electrónica e pela música, ajudou a desenvolver o “Volkstrautonium”, um trautônio que a Telefunken esperava popularizar. Ainda em 1935, constrói o “Radio-Trautonium” e, em 1938, um modelo portátil, o “Konzerttrautonium”.

Oskar Sala continuou a desenvolver o trautônio até à sua versão mais ambiciosa, o Mixtur-Trautônio.

Em 1948, Sala desenvolve a nova geração de trautônio, o Mixtur-Trautônio, que, pela primeira vez na história da música, permitiu a execução de sons que só eram conhecidos em teoria, desde a Idade Média, mas nunca tinham sido realmente reproduzíveis – a invenção abre assim caminho à sub-harmonia.

Quatro anos após a criação, apresenta o seu novo instrumento electrónico ao público e assiste à publicação da primeira partitura para concerto de Mixtur-Trautônio e Grande Orquestra, de Harald Genzmer. Na década de 1950, Sala cria ainda o Quarteto-Trautônio.

Autor de bandas-sonoras de filmes de Fritz Lang, Rolf Thiele e Hitchcock, deixou registados dez álbuns, hoje peças de culto, parte das quais podem escutar nesta emissão de Labirintho de Espuma… na certeza de propormos música para ouvidos sensíveis.