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Wim Mertens: a lenda viva do minimalismo e do avant-garde

Escrito por no dia 19/06/2020

Para as duas horas de Labirintho de Espuma desta semana, João Costa elegeu a música do belga Wim Mertens. Nascido em 1953, passou os primeiros anos da sua vida em ambientes académicos, como as Universidades de Leuven e de Ghent, onde estudou Ciência Política. Mais tarde, acabaria por transferir os seus interesses para a musicologia e para instrumentos como o piano e a guitarra.

No final dos anos 70, começou a apresentar programas de rádio e de televisão. Não tardaria para lançar aquele que é indiscutivelmente um dos seus álbuns mais populares, o “Struggle for Pleasure” (1983).

Considerado uma lenda viva do minimalismo, Wim Mertens alcançou destaque fora da Europa logo no início dos anos 80, com os seus primeiros álbuns mais ligados aos géneros experimental e avant-garde. Contudo, ao aprofundar experiência e conhecimentos no mundo da música, Mertens adotaria outros estilos. O minimalismo passa assim a estar presente em álbuns como “No Testament” e “A Sense of Place”, ambos lançados no início dos anos 90.

Pouco escutado nos Estados Unidos, é amplamente reconhecido na Europa, nomeadamente em Portugal. É especialmente conhecido pela sua identidade pouco convencional, e pela abordagem minimal das suas composições. No entanto, o que distingue o estilo de composição de Mertens é a simples evolução constante das técnicas aplicadas na sua música.  Elege instrumentos como pianos, guitarras, teclados, e vozes que trabalha com diversas técnicas e ornamentações acústico-eletrónicas.

Ao longo da sua carreira, produziu cerca de meia centena de álbuns. Além das suas produções em estúdio, o músico lançou na última década os álbuns “Zee Versus Zed” (2010) e “A Starry Wisdom” (2012).  

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